segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Casal de estelionatários é preso aplicando golpes em São Luís


 Casal de estelionatários é preso aplicando golpes em São Luís

Foi preso nesta quarta-feira (6), pela Delegacia de Defraudações, um casal de estelionatários cearenses que aplicava golpes na capital maranhense.

A quadrilha era composta por cinco pessoas, mas somente o casal Evelaine Cavalcante Sousa e Orlene Machado Costa foi preso em flagrante.

De acordo com a policia, eles fazem parte de uma quadrilha interestadual.

Segundo informações, os estelionatários chegavam nas suas vítimas, na maioria das vezes senhores de idade, e fingiam querer ajudar, mas na verdade acabavam trocando os cartões e mudando a senha.

Com os criminosos, foram apreendidos vários cartões de crédito. No total, os golpes chegam a quase R$ 200 mil reais.

O casal foi autuado em flagrante e preso por estelionato.
Com informações de Ivan Lima

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Internos libertam reféns em Fundação Casa de Franco da Rocha

Oito funcionários da Fundação Casa de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, que foram mantidos reféns por duas horas por internos, nesta segunda-feira, foram libertados após a direção da entidade negociar a libertação deles. A ação dos menores foi desencadeada após uma tentativa frustrada de fuga. Um dos funcionários, o primeiro a ser solto, chegou a levar golpes na cabeça, mas não se feriu com gravidade, segundo a fundação. Ele foi encaminhado para um pronto-socorro.
 

No motim, os internos quebraram mesas, cadeiras e queimaram colchões na porta dos dormitórios. Os pedaços de madeira foram usados como armas para intimidar os agentes. Um grupo de apoio cercou o complexo para impedir a saída dos menores e homens da 

Polícia Militar acompanharam a ação a distância.
 

De acordo com a Fundação Casa, a unidade de Franco da Rocha possui 60 internos e capacidade para 69. A fundação informou que os menores foram para o dormitório, onde ficarão enquanto agentes fazem a revista geral e a inspeção nas instalações. O prejuízo com o incêndio ainda não foi estimado.

ALELUIA DIRETOR DA PRAIA GRANDE É DESCOMISSIONADO!

Conforme  já  sabiamos saiu  do   Diário  Oficial da  data de hoje na seção caderno  executivo a  seguinte revogação :
Despacho da Chefe de Gabinete, de 2-7-2012
Revogando a Portaria Administrativa nº 085/12, datada de
22/02/2012, que designou o servidor PAULO PEREIRA DE SÁ, RE
27.260-7, Analista Técnico/Pedagogo, para exercer em comissão
as funções de Diretor de Unidade, no CASA Praia Grande I e II,
conforme Portaria Administrativa nº 502/2012,  que  todos tenha m  conhecimento  e não aleguem desconhecimento dos  fatos .

É INACREDITÁVEL QUE ALGUNS DIRETORES TEM QUE PISAR MUITO NA BOLA E DEIXAR A UNIDADE UM CAOS PARA DEPOIS SEREM DESCOMISSIONADOS POIS EM ALGUNS CASOS ATE LANCHES DO MC DONALD COCA COLA , E MAIS NOVA MODA É DEIXAR OS COPAS AJUDAREM NA COZINHA ISSO MESMO EM UMA CERTA UNIDADE DO VALE PASMEM TA ACONTECENDO ISSO OS ADOLESCENTES ESTÃO AJUDANDO NA COZINHA DO LADO DE FORA AFINAL VALE TUDO PARA MANTER UMA FALSA SENSAÇÃO DE CALMA NA UNIDADE. ESTAMOS EM ALERTA E DE OLHO

domingo, 2 de setembro de 2012

Polícia Militar do Ceará é reestruturada e adota linha dura

Polícia que se propunha ser comunitária começa a mudar de rumo após casos de condutas inadequadas, abordagens desastrosas e crescimento nos números de violência.

 

 
Viaturas paradas em Fortaleza, durante greve da polícia em 2011
A primeira grande mudança empreendida por Cid Gomes na Polícia Militar do Ceará aconteceu no início de 2011, na passagem do primeiro para o segundo governo. Na época, um civil deu lugar a um militar de linha dura no comando da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS).
Entrou o coronel da PM Francisco Bezerra que, nas palavras do próprio governador, faz o tipo “pé-de-boi”. Na linguagem popular, um tipo de trabalhador que topa qualquer serviço e não economiza esforço para cumprir a tarefa. Em recente entrevista ao Jornal "O Povo", o coronel Bezerra, como é conhecido, afirmou que sob sua tutela “os policiais estão mais atuantes” e “se sentem prestigiados e desempenham melhor a função”.

Saiu Roberto Monteiro, delegado federal por 26 anos, com passagens pela Interpol e Embaixada Brasileira na Argentina. Monteiro foi responsável pela concretização de uma das principais plataformas da primeira campanha de Cid, o chamado Ronda do Quarteirão. Implantado em 2007, a estratégia de policiamento de proximidade consiste em ter uma viatura para atender áreas de até três quilômetros quadrados.

Com equipes fixas, a ideia era que os policiais interagissem mais com a comunidade. Para facilitar esse contato, o governo resolveu criar uma identidade visual ao programa e deu fardamento especial, treinamento específico e aparelhamento diferenciado aos soldados do Ronda. Essa “nova polícia” passou então a dirigir luxuosas caminhonetes de cabine dupla modelo Hilux SW4 com ar-condicionado e câmbio automático, no valor estimado de R$ 150 mil cada.

Com a expansão dessa estratégia de policialmente para o interior do Estado, em abril de 2010 foi criado o Batalhão de Policiamento Comunitário (BPCom) – hoje formado por aproximadamente 3,9 mil policiais. Com comando próprio e regalias como gratificações extras, gerou-se a impressão de haver uma polícia dentro da polícia.
O ex-secretário Nacional de Segurança Pública, coronel da reserva da PM, José Vicente da Silva Filho, tido como um dos maiores especialistas da área no País, chegou a ser convidado por Cid Gomes para auxiliar na organização do Ronda do Quarteirão. Os dois se encontraram, mas o coronel recusou a proposta.

“Fui conversar com ele e falei que o projeto estava equivocado e não iria dar certo. Ele resolveu fazer uma polícia à moda a dele. Com uma Hilux, poderia comprar três boas viaturas. É um aparato marqueteiro”, contou  . “O problema do Ronda é o tratamento diferenciado dado a um grupo que faz trabalho na polícia. O restante fica ressentido e olhando mal esse grupo de estranhos.”
Cid Gomes ignorou os conselhos do especialista e bancou o projeto, que mais tarde veio a servir de referência para outros Estados brasileiros. No início, a presença massiva das viaturas nas ruas levou à população cearense uma sensação de segurança. Com o passar do tempo, constatou-se que não houve diminuição da violência. A taxa de homicídios a cada 100.000 habitantes subiu 80% em dez anos. Em 2000, o índice no Ceará era de 16,5 mortes. Em 2010, chegou a 29,7. Os dados constam do Mapa da Violência 2012, do Instituto Sangari.  

Ao mesmo tempo, a sequência de abordagens policiais equivocadas manchou o programa de polícia comunitária. Recentemente deslocado do comando do Ronda do Quarteirão para assumir a Academia Estadual de Segurança Pública, o tenente-coronel John Roosevelt de Alencar ponderou que “diante do tamanho dessa população, a amostra de casos desastrosos é reduzida”.

“Não digo, com isso, que esses casos, por serem pontuais, devem ser desconsiderados. São comportamentos inaceitáveis que devem ser devidamente punidos. Além disso, nos servem como indicadores para a revisão permanente de sua formação”, disse Roosevelt, que assumiu a Academia no lugar do sociólogo e professor universitário César Barreira, em mais uma substituição polêmica na segurança pública do Ceará.

Para a professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e pesquisadora do Laboratório de Direitos Humanos, Cidadania e Ética Glaucíria Mota Brasil, “não existem casos isolados”. “Os acontecimentos que envolveram as ações desastrosas de policiais se deram em condições de possibilidades de uma dada política, gestada num contexto de realidade marcado por tensões da área da segurança pública.”
 
Greve
Com a escalada dos números da violência no Estado, os críticos passaram a afirmar que o governo do Ceará Gomes investe em equipamento, mas esquece do capital humano. Para se ter uma ideia, os custos com a manutenção mecânica de cada viatura ultrapassam R$ 20 mil por ano. Esse argumento ajudou a dar o estopim que levou a PM do Estado a entrar em greve às vésperas da passagem de 2011 para 2012 . O motim teve seu auge no dia em que a população entrou em pânico e todo ocomércio da cidade fechou as portas.

Os policiais conseguiram reajuste salarial de 7% e a promessa de aumento gradual dos vencimentos em 80% até 2015. A paralisação fez acender o sinal de alerta na cúpula da segurança pública do Estado. Passados 15 dias do fim da greve, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social anunciou uma séria de substituições no comando da PM. A mudança mais significativa ocorreu no BPCom, integrado pelo Ronda do Quarteirão. O Comando-Geral da PM alegou que a alteração era rotineira e que, portanto, a movimentação já estava prevista.
 
Endurecimento
Soldados ouvidos pela reportagem  relataram que desde o fim da greve houve transformações no batalhão de policiamento comunitário. A escala foi alterada. Os policiais revezam os turnos em ciclos e, com isso, não necessariamente atuam sempre nas mesmas áreas, comprometendo a estratégia de proximidade com a comunidade. Os comandantes passaram a instruir intensificação das abordagens, como indicativo de um policiamento mais ostensivo.

“O aumento da criminalidade não está associado à atuação da polícia comunitária. Esse aumento tem todo um conglomerado social, que envolve esse aspecto. O que a gente pode dizer é que a polícia mantém a linha que o governo quer, de uma polícia social. Mas ela tem que ser combativa de acordo com o tipo de criminalidade”, declarou o comandante-geral da PM do Ceará, coronel Werisleik Pontes Matias.
 
Reestruturação
No dia 22 de agosto, foi aprovada a nova Lei de Organização Básica (LOB) – a primeira grande reestruturação feita na PM do Ceará, desde sua criação. Com as mudanças, foram criados novos comandos e companhias para diminuir o perímetro de atuação de cada destacamento.

“Nós saímos de uma realidade pré-histórica. É a maior mudança nos 177 anos de existência da polícia militar. A última modificação feita na estrutura da Polícia Militar havia sido feita em 1977. Isso vai fazer com que a gente distribua a polícia visando número de municípios e índice populacional”, argumentou o comandante-geral da PM sobre a nona lei.

Contudo, para o coronel José Vicente da Silva Filho, trata-se de um retrocesso. “O pessoal deu uma repaginada nos conceitos da velha guarda, dos saudosistas, os que não estão antenados com o conceito moderno e buscaram inspiração de leis antigas.”

Ele chama atenção para o excesso de batalhões especializados. “Eu vejo com preocupação criar um batalhão de mais capacidade de resposta ao crime violento. Essas unidades não costumam ser moderadas”, alertou.